Uma lenda do rock pesado, o cinquentão Judas Coyne coleciona objetos macabros, por isso, quando fica sabendo de um estranho leilão na internet, ele não pensa duas vezes antes de fazer uma oferta. Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. Mas tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora. O espírito parece estar em todos os lugares, à espreita, balançando na mão cadavérica uma lâmina reluzente - verdadeira sentença de morte. O roqueiro logo descobre que o fantasma não entrou na sua vida por acaso e só sairá dela depois de se vingar. O morto é Craddock McDermott, o padrasto de uma fã que cometeu suicídio depois de ser abandonada por Jude.
Numa corrida desesperada para salvar sua vida, Jude faz as malas e cai na estrada com sua jovem namorada gótica. Durante a perseguição implacável do fantasma, o astro do rock é obrigado a enfrentar seu passado em busca de uma saída para o futuro.
Ancorando o sobrenatural na realidade psicológica de personagens complexos e verossímeis, Joe Hill consegue um feito raro: em seu romance de estréia, já é considerado um novo mestre do suspense e do terror.
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- Quando tive a oportunidade de trocar um livro meu por esse, não pensei em outra coisa a não ser aceitar logo. Estava muito curioso para ler e tirar as minhas próprias conclusões de um livro que já tinha recebido várias avaliações boas.
Primeiramente, fazia muito tempo que não lia um livro sobre fantasmas ou qualquer coisa com a temática terror. Apesar desse não ser terror mesmo, mais puxado para um suspense na minha cabeça, gostei muito da história.
O conjunto roqueiro com coleção de coisas estranhas que compra um paletó com um fantasma, mais a ideia de tudo errado, me agradou muito. Já tinha lido alguns livros do Stephen King, mas a escrita do Joe Hill me deixou mais satisfeito como leitor.
As descrições são o grande forte do livro, como é um livro que fala sobre um fantasma, a função de uma descrição bem feita é essencial. Tem que fazer você se sentir dentro do livro, dentro do cenário que se passa a história e o autor do livro faz essa função muito bem. Mas apesar disso, as descrições me deixam um pouco impaciente, às vezes, parece que é pura enrolação para as partes importantes. Então, para mim, livro com descrições exageradas é livro ruim, tem que ser no ponto.
Adorei os personagens, o autor criou personagens tão bem caracterizados que poderiam existir na vida real, com defeitos, qualidades. Enfim, todo o mistério criado em torno do fantasma é muito bem explicado e resolvido. Mas, continuo achando meio sem noção o propósito da venda do fantasma.
Demorei muito tempo para concluir a leitura, tudo por causa da versão que eu recebi, o livro é curtinho mas as letras são minúsculas, um problema gigante para quem tem problema de visão. Outro culpado pela demora, foi justamente eu meio que saber o tal desfecho.
"Nos tempos do colégio ele enfiou a bala de fuzil numa tira de couro e usou-a em volta do pescoço até o diretor confiscá-la. Jude se admirava de não ter encontrado um meio de matar alguém naquela época. Possuía todos os elementos-chave de um estudante atirador: hormônios, angústia, munição. As pessoas não entendiam de que forma algo como Columbine podia acontecer. Jude se perguntava por que não acontecia com mais frequência."
3/5